Federico Fellini

(Nasceu em 1920, faleceu em 1993). Diretor de Cinema e Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro por quatro vezes, FELLINI é um dos raros diretores de cinema a alcançar a fama de astro internacional. Nascido em Rimini, filho de um caixeiro-viajante, os primeiros filmes que dirigiu apresentavam metamorfoses de suas experiências juvenis como um provinciano entediado e ocioso (1vitelloni, 1952), e no universo dos cartuns cômicos (The white sheik, 1952). O sucesso internacional chegou com a fábula La Strada (1954), que lançou sua mulher, GIULIETTA MASINA, como estrela de cinema, que também fez As noites de Cabíria (1957). Sua obra-prima foi, no entanto, La dolce vita (1960), uma sátira sobre a sofisticada vida romana. O traço autobiográfico presente no seu personagem principal, um jornalista interpretado por MARCELLO MASTROIANNI, revela mais uma vez, como aconteceu em Oito e Meio (1962), que suas crises pessoais e artísticas acabavam por ser tratadas em seus filmes.

Depois de JULIETA dos Espíritos (1965), o primeiro colorido, FELLINI estabeleceu definitivamente seu estilo: espetáculos vastos e fantásticos, com cenários extravagantes, recheados de fantasias pessoais e figuras imensas e grotescas. Demonstravam a devoção de uma vida inteira dedicado ao circo e ao teatro de variedades. Seus últimos filmes foram cada vez mais marcados pela nostalgia e desilusão com a degeneração cultural provocada pela era da televisão. No ano de 1993, foi homenageado com um Oscar pelo conjunto de sua obra.
Sofreu um derrame que o paralisou parcialmente, fez piadas sobre seu estado e refletiu sobre a experiência da doença e do confronto com a morte. Anunciou que queria filmar tais descobertas. Morreu antes disso, em outubro.
Deixou projetos e saudade junto a uma obra que enaltece a vida e seus mistérios.

 

 

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